Começa a segunda fase do projeto Conexão Digital realizado pela Fábrica do Futuro e o Instituto Telemig Celular, com o patrocínio da Telemig Celular e a parceria da Cia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, através da Lei Estadual de incentivo à Cultura. Nessa etapa o projeto irá formar jovens da cidade para o desenvolvimento de vídeos de animação para a Internet e telefonia móvel.
A Fábrica do Futuro - incubadora cultural do audiovisual e das novas tecnologias – é um “ponto de cultura” do Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura. Confira abaixo o depoimento do gestor cultural da Fábrica do Futuro, César Piva.
“O Ponto de Cultura Fábrica do Futuro, inaugurado em junho de 2005, faz parte de um programa local de Cultura e Desenvolvimento com foco no audiovisual, na educação e qualidade vida urbana. Integrada à outras importantes iniciativas na cidade a Fábrica tem como metas o estabelecimento de políticas públicas e a indução de uma nova fonte de desenvolvimento local através da economia da cultura, sobretudo, com e para a juventude da região.
Nos dois primeiros anos de implantação a Fábrica do Futuro contou o apoio fundamental do Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura, a Escola de Arquitetura da UFMG, o Instituto Francisca de Souza Peixoto, da Cia Industrial Cataguases. Com a Fundação Ormeo Junqueira Botelho participamos do Cineport – Festival de Cinema de Paises de Língua Portuguesa, nas edições em Cataguases (2005), Lagos, Portugal (2006) e João Pessoa na Paraíba (2007). No Festival Cineport a Fábrica do Futuro realiza o Programa Rede Geração Digitaligada, uma produção de TV envolvendo jovens do Brasil, Portugal e África.
Em 2007 destacamos ainda a participação no evento “Bandalargar o Brasil”, organizado pelo Programa Cultura Digital do MinC, onde a Fábrica do Futuro filmou e transmitiu para a Internet o show Banda Larga de Gilberto Gil, em Piraí, no Rio de Janeiro.
Nesse momento a Fábrica do Futuro, inaugura novos espaços e implanta um novo momento em sua trajetória, com a viabilização do seu modelo de formação e conhecimento compartilhado baseado na RECRIA - Residência Criativa do Audiovisual.”
No ano de 2007 a Fábrica iniciou o projeto conexão Digital, durante quarenta dias 15 jovens das cidades de Cataguases, Ouro Preto e Brumadinho participaram de oficinas com especialistas de diversas áreas do patrimônio histórico, da produção cultural e audiovisual do estado, na realização de 15 vídeos de um minuto cada sobre o patrimônio cultural das cidades participantes. O resultado desta experiência pode ser conferido no sítios www.fabricadofuturo.org.br e www.institutotelemigcelular.org.br
Para o início de 2008 o projeto amplia seus horizontes, agora voltado especialmente para a formação experimental de jovens da cidade de cataguases no campo da animação. Na residência os participantes experimentam uma formação completa e dinâmica abordando os seguintes temas: desenho de modelo vivo, história da animação, animação tradicional, roteiro e produção.
Serão 15 dias de pura imersão e experimentação sob a orientação do animador Léo Ribeiro que conta um pouco da sua trajetória.
“Venho trabalhando com animação desde 2002, comecei como autodidata e complementei minha formação com a Especialização em Animação na PUC-Rio em 2005, onde produzi o curta-metragem de animação A Feira dos Imortais. Atualmente trabalho como diretor de arte e animação em meu estúdio independente, Estúdio Ato. Dirigi e produzi o primeiro curta-metragem de animação finalizado em vídeo de Juiz de Fora, Como Defender Um Cafofo ou As Aventuras do Lobo Guará no Reino da Especulação Imobiliária em 2003, premiado como Melhor Curta de Animação - Júri Popular, no Festival Olhares, 1° Festival de Cinema e Vídeo digitais da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, no ano de 2006. Fui diretor de Roque – A Jogada Mortal, meu segundo curta-metragem, finalizado em 2004, premiado com o Troféu Andorinha Digital - Melhor Curta-Metragem Animação - 1° Cine Port-Cataguases, 1° Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, Cataguases , Minas Gerais. Em 2006 produzi e dirigi o primeiro curta-metragem de animação finalizado em 35 mm da região, O Andar Superior. Também a dois anos sou responsável pela oficina de animação do Festival Primeiro Plano em Juiz de Fora e em 2007 participei das equipes de animadores que trabalharam no projeto A Escola vai ao Cinema, uma parceria do SESC Nacional com o Anima Mundi, ensinando animação por todo o território nacional e do Estúdio Aberto do Anima Mundi, no Rio e em São Paulo. Com o convite de César Piva, gestor cultural da FABRICA DO FUTURO, elaborei o projeto de Residência Artística com o objetivo de ensinar animação aos jovens de Cataguases e orientá-los na produção de pequenos desenhos animados.”
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